“A arte é a contemplação: é o prazer do espírito que penetra a natureza e descobre que ela também tem uma alma. É a missão mais sublime do homem, pois é o exercício do pensamento que busca compreender o universo, e fazer com que os outros também o compreendam”. (Algust Rodin)
De acordo com o objetivo proposto, este trabalho apresenta os registros da trajetória pessoal de minha investigação e reflexão sobre o tema paisagem na arte.
Para a sua confecção, fez-se necessário lançar mão de textos, citações e imagens de outros autores, letras de música e poesia que, combinados às minhas produções textuais, visam introduzir o leitor e fruidor deste portfólio a uma visão combinada de elementos pessoais que fazem parte da minha relação pessoal com a natureza e a paisagem, e da paisagem como tema artístico.
Foi necessário para isso, fazer uma passagem simbólica pela Antiguidade Clássica e pela Era Medieval para seguir uma linha de pensamento onde, os elementos abordados sugerem questões sobre a construção imagética, artística e cultural da paisagem, inspirados pelos acontecimentos históricos associados de ambas as épocas.
Sem a intenção de aprofundar o tema, as pesquisas me levaram por um caminho de tantos textos e imagens que, envolto em pensamentos questões e perguntas, me vi obstinado a registrá-los antes que me fugissem da memória.
Na passagem pelo mundo moderno para chegar ao contemporâneo, enfatiza a contribuição do humanismo, ressaltando alguns dos homens que contribuíram em sua existência desenvolvendo percepções que influenciaram o entendimento de natureza e sua tradução em linguagem visual, assim como as novas descobertas das ciências e sua contribuição para a concepção de paisagem para os modernos e para os contemporâneos.
Fala das características formais e temáticas da pintura que se desenvolvera a partir do século XVI e contempla pintores e suas obras de paisagem.
Analisa a evolução da concepção de paisagem na arte, ressaltando a relação do homem e do artista com a natureza transformada em paisagem de acordo com o contexto e as transformações de cada época.
Aborda também questões relacionadas à noção de paisagem não só como gênero artístico, mas como objeto de contemplação do homem e do artista em cada momento histórico abordado, levando em consideração as produções de cada época estarem relacionadas à realidade social e mentalidade de cada uma.
Dialoga com o contexto histórico e busca também interpretar a visão do artista e sua concepção individual de paisagem impressa em sua linguagem visual.
Paisagem e perspectiva
Vista da terra a lua brilha, o sol ilumina montanhas rios e mares. Podemos ver as estrelas e mudar de estação.
Tudo depende do ângulo que se vê, da distância que se observa. Do alto de uma montanha, ou da montanha que se alça ao longe.
Para retratar uma paisagem, um artista não poderia deixar de dominar ou de alguma forma imprimir em sua imagem a ilusão de profundidade. Porque na essência da invenção de uma paisagem está intrínseca a perspectiva. A paisagem de certa forma auxiliou a formar esta linguagem representativa de uma imagem que remete e que represente a natureza. Como o objeto a ser retratado por consequência, a natureza passou a ser o personagem principal da cena. “O tema paisagem trouxe a natureza para o “primeiro plano” e os personagens foram para o “segundo”.
A Arte e o Tema
Um artista dispõe de muitos recursos para ressaltar o que de fato quer expressar em suas obras. Mas um deles é essencial para a fruição do observador. O nome que ele dá a ela.
O tema não somente visa alertar o observador a se concentrar na cena retratada. Ele também esta ali para comunicar o que o artista quer ressaltar, o que ele quer que observemos e sintamos. O tema é de fundamental importância para complementar a comunicação visual na pintura, ressaltando ainda ser o artista, portador da capacidade de traduzir em imagens o que não pode ser dito, mas pode ser traduzido em linguagem visual. Almendra (2) explica que “Uma obra visual oferece a transfiguração em imagens daquilo que, pelo pensamento reflexivo e verbal não é dizível, menos ainda visível, mas é cognoscível pelo pensamento plástico”.
A arte e o Artista
Para (GOMBRICH 1999) (3) “nada existe realmente a que se possa dar o nome arte. Existem somente artistas”. Em seu livro A História da Arte ele explica que “outrora eram homens que apanhavam um punhado de terra colorida e com ela moldavam toscamente as formas de um Bisão na parede de uma caverna: hoje, alguns compram suas tintas e desenham cartazes para tapumes”.
Em toda a história humana os homens quiseram retratar com imagens sua cultura. Hoje, estes homens são conhecidos como artistas.
Já no período clássico os romanos se expressavam artisticamente pintando elementos da sua cultura. Os costumes, o cotidiano, de forma que artefatos como jarros, especiarias como peixe e frutas eram um tema característico entre os artistas desta civilização. Outro tema que passou a ser importante dentre as produções clássicas foram as paisagens.
Os gregos e os romanos, 2500 anos atrás, já pintavam paisagens. Mas as paisagens gregas e romanas não eram simplesmente paisagens. Elas são conhecidas como paisagens sacro-idílicas por retratarem santuários e personagens. Além disso, a paisagem era um gênero secundário na arte. Eles não reproduziam paisagens reais, pois, a paisagem na idade clássica não era sentida, era representada de forma que o símbolo triunfava sobre as sensações.
(4) “a preferência romana do período Imperial por uma descrição da natureza onde ela estivesse subjugada, ordenada e embelezada pelo espírito humano, manifestando-se pictoricamente sob a forma de uma interpenetração entre arquiteturas complexas e jardins formais cultivados”.
(1) Fragmento de paisagem da Villa de Lívia. Roma
Villa di livia, affreschi di giardino, parete corta meridionale
(2) Paisagem Sacro-Idílica
Landscape with Perseus and Andromeda: From the "Mythological Room" of the Imperial Villa at Boscotrecase. In the Metropolitan Museum of Art
Os 1000 anos de “trevas”: o homem medieval
Na antiguidade clássica, um grande acontecimento marca a separação entre duas épocas. O nascimento de Jesus. É o inicio da era medieval. Este acontecimento marca o surgimento de uma nova era espiritual para o homem. A preocupação humana passa a ser o divino, o sagrado, e as suas atividades passaram a contemplar um único objetivo: elevar o homem à sua condição de ser espiritual. A produção intelectual, cultural e artística humana se voltam para o divino.
Quase tudo o que dizia respeito às feitorias do homem estava relacionado ao religioso, ao espiritual. Monumentos santos, escrituras santas, imagens santificadas, entronadas, as representações culturais humanas não correspondiam à “realidade”, ao mundo “real”. Os homens que hoje chamamos artistas estavam preocupados em retratar o mundo a que pertenciam. A arte estava a serviço de Deus. A natureza também era sagrada, era onde Deus se manifestava"
(5) “Os medievais, sob a influência do poder da Igreja, acreditavam que o movimento dos astros era circular e perfeito, pois a zona celeste era a própria essência da Divindade.
Sendo assim, na zona supralunar tudo era geometricamente perfeito, pois reproduzia a natureza de Deus. Como na zona celestial tudo era perfeito e imutável, cabia ao homem obedecer aos desígnios de Deus, seguindo, assim, a vontade divina (Pepper, 1996).
(5) “O deus grego, de forma diferente do deus cristão, era uma força cósmica racional, impessoal e auto-contemplativa. Era considerado tão perfeito que não se relacionava diretamente com o nosso mundo, pairando acima do universo, movendo-o como causa final, assim “como o ímã atrai o ferro” (Chauí, 1994).
E foram assim registradas em pinturas as feitorias do homem médio. Afrescos onde santos entronados flutuavam em direção aos céus. Iluminuras que traziam decorativamente fragmentos da natureza. Flores, pássaros, arranjos decorativos para as escrituras, afrescos e pinturas.
“Esta prática ja se fazia entre os Gregos que usavam fragmentos da natureza para fins decorativos como a folha de acanto.
Iluminura
HERDEIROS DO RENASCIMENTO
A história do homem não se sobrepõe. Ela é alterada à medida que acontecimentos se dissolvem se ajustam. No caso dessa transição os elementos clássicos junto aos elementos medievais formaram uma sociedade onde religião e a ciência se harmonizou com o renascimento. O renascimento não foi somente uma volta ao passado. Com o resgate das ciências, das artes, o homem renasce como nos tempos clássicos, mas sob a condição de outros sentimentos espirituais regados pelos cristianos. Agora não eram os deuses, era Deus, o criador de todas as coisas, da grandeza da natureza. Janson observa que (6) “os humanistas, por grande que fosse seu entusiasmo pela filosofia Greco Romana, não se tornaram pagãos, antes se esforçaram de todos os modos por harmonizar o legado dos pensadores antigos com a mensagem do cristianismo” (Janson, p.541)
(5) “A mudança da visão de meio natural se dinamizou. A Teoria de Copérnico e a Teoria de Kepler (1571-1630), mostrando que o movimento dos planetas não era o de uma esfera perfeita e, sim, uma órbita elíptica, tornam-se um golpe fundamental na estrutura escolástica medieval, pois, além de comprovarem que a Terra não se situava no centro do universo, davam um “banho de água fria” na imagem do universo divino e perfeito, em que o movimento dos astros era esférico, rompendo de vez com a cosmologia medieval” (Rossi, 1989; Moreira, 1993).
A PAISAGEM QUE EU VEJO
(7) A alma e a matéria
Procuro nas coisas vaga ciência!
Eu movo dezenas de músculos para sorrir...
Nos poros ao contrair
Nas pétalas do jasmim
Com a brisa que vem roçar
Da outra margem do mar
Procuro na paisagem cadência!
Os átomos coreografam a grama do chão...
Na pele braile prá ler
A superfície de mim
Milímetros de prazer
Quilômetros de paixão...
Vem pr’esse mundo
Deus quer nascer
Há algo invisível encantado
Entre eu e você
Vem pr’esse esse mundo
Deus quer nascer
E a alma aproveita prá ser a matéria e viver...
O homem se distancia da mentalidade medieval. Muitos acontecimentos antecipam o renascimento como a redescoberta do jardim no século XII, Dante faz inúmeras referências a natureza. Bocaccio diz: “jardim é refugio”.
“A natureza é a arte de Deus” Dante Alighieri.
Foram quase mil anos, quando em meados do século XIV, a humanidade pôde renascer. Todas as realizações da idade clássica foram retomadas pelos homens entre esta transição, inclusive as artes.
A INVENÇÃO DA PAISAGEM
ITÁLIA
O renascimento trouxe ao homem a luz da consciência. (8) "Através de sua atividade consciente o ser humano se objetiva no mundo natural, aproximando-o sempre mais de si, fazendo-o cada vez mais parecido com ele: o que antes era simples natureza, agora se transforma em um produto humano. Por tanto, se o homem é um ser natural, a natureza é, por sua vez, natureza humanizada, ou seja, transformada conscientemente pelo homem."
Gradativamente o tema religioso foi sendo modificado formalmente na pintura. Os santos agora eram humanos, não tinham mais a cor pálida ou dourada características da pintura medieval. Suas formas corporais avolumaram ficaram expostas, não mais envoltas em mantas ou túnicas. A natureza não era mais pano de fundo para as realizações humanas era o habitat do homem. Seus castelos com grandes janelas exibiam ao longe distantes paisagens. O homem passou de figuração a personagem principal. Os homens deviam não só ressuscitar as maravilhas da antiguidade, mas superá-las.
(5) A Virgem e o Menino Com Santa Ana
Leonardo D Vinci. A Virgem e o Menino Com Santa Ana, 1508. Museu do Louvre
Na pintura medieval, os elementos que constituem paisagem, árvores, montanhas, ficavam dispostos no espaço representativo da pintura como figuras recortáveis, como na pintura de Giotto (4). Na paisagem renascentista, a evolução do linear ao pictórico, (10) “desvalorizou a linha enquanto caminho par a visão e guia dos olhos” enquanto na paisagem linear “a ênfase recai sobre o limite dos objetos”, no pictórico, “a obra parece não ter limites. A visão por contornos e volumes isola os objetos: a perspectiva pictórica, ao contrário, reúne-os” (wolffim, 2000).
A ILUSÃO DE PROFUNDIDADE
A ilusão de profundidade é alcançada pelos mestres renascentistas e a pintura de paisagem surge junto às transformações e novas descobertas. Os temas se diversificam e se alteram formalmente. Em Ticiano , La Viergem au Lapin à la Loupe , a natureza como tema artístico tem tanta importância quanto a própria virgem. Mas, Por mais trabalhada que fosse a paisagem como a de Tiziano em La “Vierge au Lapin à la Loupe ”, o tema é mitológico ou religioso. Ticiano foi um dos pintores que melhor representava paisagens.
LONARDO DA VINCI. Mona Lisa(v. Est. 75). Museu do Louvre, Paris
O Humanismo
Ligado à Petrarca (“o primeiro homem moderno”) que expressava o desejo de fugir para a vida pacífica dos campos.
O humanismo valoriza a capacidade humana, a racionalidade, e se contrapõe ao sobrenatural.
O humanismo renascentista propõe o antropocentrismo. O antropocentrismo era a idéia de o homem ser o centro do pensamento filosófico, ao contrário do teocentrismo que propunha a idéia de "Deus no centro do pensamento filosófico. O antropocentrismo surgiu a partir do renascimento cultural.
Em muitas vertentes se desenvolveu o humanismo, mas aqui não importa se a vertente é racionalista e empirista e menos espiritual. Oque importa é para os seres humanos e para os artistas a liberdade de experimentar, expressar.
(9) “O humanismo logosófico diferentemente, pois, do conceito generalizado, parte do próprio ser sensível e pensante, que busca consumar dentro de si o processo evolutivo que toda a humanidade deve seguir. Sua realização nesse sentido haverá, depois, de fazer dele um exemplo real daquilo que cada integrante da grande família humana pode alcançar”.
Humanizar o homem foi de extrema importância para perceber o mundo, aguçar seus sentidos. A cada descoberta que fazemos se renova a visão do mundo que habitamos. A ciência explica a natureza como ecossistema, o homem artista a transforma em paisagem. O artista abre nossos olhos.
(5) “A alteração da relação do homem com a natureza vai se consolidando à medida que se amplia o comércio e, conseqüentemente, surge uma nova dinâmica espacial geográfica. Essa nova estrutura produtiva e organizacional, que nasce com o capitalismo, vai redimensionando não somente a base para a produção de riquezas, mas, principalmente, a ideologia e a concepção popular da ciência e do universo”.
O TEMA
A Tempestade de Girgione, é uma das primeiras pinturas com tema dedicado à natureza. Não estava impregnado de nenhum significado relacionado às forças enigmáticas da natureza de um Deus perverso . A Tempestade é sutilmente um tema onde a natureza salta para o pimeiro plano. A interpretação dada para ela por Janson é de que e o tema já não é mais mitológico, religioso, e sim “pagão”, descreve os personagens retratados como “testemunhas passivas, vitmas quase”.
GIORGIONE. A tempestade, c.1505. 0,79 X 0,73m. Museu da Academia Veneza.
O espírito humano agora é livre, seu corpo é livre, sua mente é livre para voltar a vivenciar as experiências vividas pelos homens de 2.500 anos atrás.
Símbolo da liberdade (10)
ALEMANHA
A preocupação em retratar as sensações atmosféricas ja se manifesta. Em, “ A Batalha de Issus “A figura humana parece meramente acidental nos cenários naturais ou artificiais em que aparecem” (Janson, 2001).
(11)
HOLANDA, SÉCULO XVII: A LIBERDADE ARTTÍSTICA
A arte holandesa teve que reinventarse por completo após o brusco corte com as tradições culturais católicas.
A luta pela independência e a exaltação nacionalista contribuíram fortemente para construir a natureza da arte holandesa no século XVII.
Os temas religiosos, históricos ou mitológicos não tinham mais apelo algum para os protestantes holandeses. Buscavam agora temas que exprimissem o orgulho pela nação. Esta auto-congratulação expressou-se através das paisagens, vistas das cidades, pinturas navais (a Holanda torna-se a potência naval do século XVII), e pinturas que glorificam a sua cultura burguesa, tais como retratos, pinturas de gênero e naturezas mortas.
A arte deixou de ser exclusividade dos mecenas, nobres ou religiosos, e passou a ser artigo da classe média em expansão. Não existiam pois grandes patrões que ditassem a estética artística.
A visão se extasia quando à distância a cena se abre em um palco de grandeza. Quando diante de nossos olhos se apresenta a grandeza da natureza. As montanhas ao longe, ou o navio que se “aleja”. Da linha do horizonte, do navio partindo e levando consigo notícias. O homem está aqui, a natureza também está. O navio esta partindo, ao longe, ao Léo. Linha do horizonte.
Quando se observa a natureza e a paisagem os sentidos são anteparos que completam as sensações limitadas pelos olhos. Os olhos são anteparo para fazer o recorte da cena. Pois a natureza em sua totalidade não é paisagem. A paisagem é um espaço territorial que se abrange num lance de vista. E outros elementos que competem para que se faça sentir uma paisagem ficam a cargo de outros sentidos. Mas nenhum deles se não os olhos para organizar, recortar, harmonizar.
(10) “Quem quer que perca a vista, perde a bela visão do mundo e é como uma pessoa encerrada viva num túmulo, onde possa movimentar-se e viver. Ora, já notaste que o olho abarca as belezas de todo o mundo? Ele é o senhor da astronomia, faz a cosmografia, aconselha e corrige todas as artes humanas, leva os homens a diferentes partes do mundo, é o príncipe da matemática, suas ciências são exatíssimas, ele mediu as alturas e as dimensões das estrelas, descobriu os elementos e suas localizações. Previu acontecimentos futuros pela observação do curso das estrelas, criou a arquitetura, a perspectiva e a divina pintura.” (Leonardo da Vinci, Treatise on Painting)
A Paisagem da janela
(11) “Por natureza devemos entender todos os seres que constituem o universo – vegetais animais e minerais. O mundo visível, concreto, em oposição ao mundo das idéias. O adjetivo natural significa tudo àquilo que é conforme a natureza, que é inato e congênito, não – artificial”
(14) “A janela e a moldura são passagens para as vedute, para ver paisagem ali, onde sem elas haveria apenas a natureza” (Cauquelin, 2007, pag. 137).
(14) “O enquadramento exige o recuo, a distância certa. Tudo ver, claro, mas apenas aquilo que está no campo. E ainda, o enquadramento inspira ordem, da à regra dos primeiros planos e dos planos de fundo [...] porque a moldura corta e recorta, vence sozinho o infinito do mundo natural. O limite que ela impõe é indispensável á construção de uma paisagem como tal. (Calquelin, 2007, pag. 137)
“Cabe lembrar ainda que o vocábulo paisagem deriva de país, por sua vez originado do latim pagus, que significa aldeia, povoado. Alguns dicionários mais antigos definem a expressão paisagista como pintor de países”
CANALETTO
Foi considerado o maior pintor paisagista do século XVIII. Viveu em Londres onde alcançou grande popularidade. Foi eleito membro da Academia de Veneza, mas sua admissão foi rejeitada porque os acadêmicos não consideravam a pintura de paisagem expressão artística de relevo.
Canaletto,The Grand Canal and the Church of the Salute, painted 1730
INGLATERRA
Na Inglaterra, a pintura de paisagens se associa às obras pioneiras de Richard Wilson (1713/4 - 1782) e Thomas Gainsborough (1727 - 1788).
Richard Wilson, Vista desde Llyn Nantlle al monte Snowdon, por h. 1766, óleo sobre lienzo, 100 x 127 cm , Nottingham, Castle Museum
CONSIDERAÇÕES ACERCA DA PAISAGEM SUBLIME E PITORESCA
O homem e a natureza se relacionam e não há nada que o homem tenha se ocupado mais através dos tempos do que com desvendar seus mistérios. Mas existem limites, desafios que partem da grandeza do universo, nosso habitat.
Em seu livro intitulado A Arte de Viajar, Alain de Botton elege pessoas e lugares que, de certa forma, contribuíram para formar nossa relação com a natureza e nossa percepção de paisagem. Para fazer uma analogia da maneira como percebemos o mundo à nossa volta, mostra o porquê das qualidades da natureza de poder, de grandiosidade, estão ligadas à religião. De Button mostra em seus estudos como estas pessoas, fatos e acontecimentos históricos tenham influenciado nossa maneira de ver e perceber o mundo, como as paisagens sublimes.
Para Alain
Para Alain
(12) “locais sublimes repetem, em termos majestosos, uma lição que a vida diária costuma nos ensinar com crueldade: que o universo é mais poderoso que nós, que somos frágeis e efêmeros, que não temos alternativa a não ser a de aceitar as limitações impostas á nossa vontade” (De Botton, 2003, pag. 180)
(12) “as montanhas e vales sugerem espontaneamente que o planeta foi construído por algo diferente de nossas mãos, por uma força maior do que poderíamos reunir, muito antes que nascêssemos, e projetado para continuar muito depois de nossa extinção” (De Botton, 2003, Pag. 182)
A paisagem sublime aparece em um momento onde a ciência ocupa o lugar da crença tradicional em Deus. Ela alerta para a Fragilidade do ser humano diante da grandiosidade do mundo natural
Caspar David Friedrich , Wanderer acima do mar de nevoeiro , 38,58 x 29,13 cm , 1818, óleo sobre tela, Kunsthalle de Hamburgo
O ROMANTISMO
Liberdade, Igualdade e Fraternidade. “Este lema, vai dar possibilidade ao homem artista de chegar ao que cada integrante da grande família humana pode alcançar”.
É esta manifestação que vai libertar o artista, vai dar a ele autonomia para expressar sua visão de mundo, de natureza, de arte. O Romantismo pregou a crença na capacidade individual do homem.
A liberdade que o homem começa a reconquistar no renascimento, a capacidade de chegar a novos lugares alcançados pela nova sociedade industrial, o crescimento das cidades, o descontentamento com a organização social, as novas descobertas das ciências, culminou no final do século XVIII no movimento Romântico.
(13) “Um olhar sonhador, um comportamento evasivo, certo saudosismo e crença de que o mundo já não é tão bom como antes (...) o intenso e muitas vezes platônico sentimento amoroso são alguns dos múltiplos aspectos a que se chama comumente de postura Romântica”. Adilson Citelli
(13) “A forma de registrar a paisagem durante o romantismo remetia a esse simbolismo, um olhar que enfatizava a grandiosidade e incomensurabilidade da natureza, que revelava a insignificância do homem, sua fragilidade e, principalmente, sua solidão existencial, somente curada no retorno às raízes, à mãe natureza”.
Caspar David Friedrich. Casal contemplando a lua, 1830-35. Alte National galerie
Caspar David Friedrich. Mulher diante da aurora, c. 1818. Museu Folkwang
A força da natureza e suas manifestações naturais.
William Turner, Naufrágio (1805), Tate Gallery – Londres
Na atividade criadora deste novo tempo, nasce em 1770, no Distrito dos Lagos, William Wordsworth. Wordsworth foi um dos homens que através de sua capacidade criadora individual, em suas longas caminhadas pelo campo, desenvolveu em suas experiências como chamou Alain de Botton, (15) “uma bem desenvolvida filosofia da natureza, que fazia uma afirmação de enorme influência na historia do pensamento ocidental.” (De Botton, 2003, pag. 146). Depois de viver algum tempo em Londres, William volta ao campo onde havia passado sua infância. Wordsworth abriu nossos olhos, escrevendo sobre fenômenos que até então nenhum poeta havia se dedicado. Á uma borboleta, ao cuco, à uma cotovia e à pequena quelidônia. Os contemporâneos de wordsworth aprenderam a se encantar pelos sonetos feitos por ele.
O poeta percebeu que ao contrario das cidades que, estimulava emoções destruidoras da vida, quanto à posição hierárquica social, inveja, o campo era “como neutralizante para a perniciosa influência da cidade”. (De Botton, 2003, pag. 153)
“Os efeitos benéficos da natureza, um ser inanimado pode ainda exercer influencia sobre os que o cercam. Cenas naturais têm poder de sugerir certos valores – carvalhos, dignidade; pinheiros, a determinação; lagos, a calma – e, com sutileza, podem assim servir de inspiração para a virtude”.
Paisagens pitorescas retratam em imagem as qualidades da natureza sentida por wordsworth.
Cena tranqüila, com lagos, pássaros, flores.
Constable, Quintal de Constable – 1815, Ipswich Borough Council Museums anda Galeries, Ipswich, UK .
SÉCULO XIX: O IMPRESSIONISMO
Impressão, sol nascente 1872, Claud Monet. Esta pintura inaugura o movimento que mudou a cara da arte no século XIX. Os impressionistas estavam interessados pelo registro de sua experiência visual com a natureza, da observação da natureza com base em impressões pessoais e sensações visuais imediatas; para captar a luz, traduzir a claridade, os impressionistas usaram muito branco na palheta. As cores pela técnica da mistura ótica - cores que se formam na retina do observador e não pela mistura de pigmentos, induz o espectador a participar da obra, a pintura agora se completa no olho do observador.
Os impressionistas, estes novos homens, viam agora o mundo a partir de descobertas da física moderna, de que a cor não reside nos objetos a priori, mas é o resultado da reflexão da luz incidindo sobre a superfície.
Fernando Pessoa: Paisagens, quero-as comigo.
Paisagens quero-as comigo.
Paisagens, quadros que são...
Ondular louro do trigo,
Faróis de sóis que sigo,
Céu mau, juncos, solidão...
Umas pela mão de Deus,
Outras pelas mãos das fadas,
Outras por acasos meus,
Outras por lembranças dadas...
Paisagens... Recordações,
Porque até o que se vê
Com primeiras impressões
Algures foi o que é,
No ciclo das sensações.
Paisagens... Enfim, o teor
Da que está aqui é a rua
Onde ao sol bom do torpor
Que na alma se me insinua
Não vejo nada melhor.
A ARTE E A BELEZA
O homem ao longo da história vem experimentando através de sua capacidade inventiva e criadora, maneiras de intensificar suas sensações. O homem é hedonista, está em busca do prazer, e é através dessa capacidade, a criadora e a inventiva que ele transforma o mundo a sua volta. O ser humano está em busca da beleza, e ele encontra na natureza, além das características de tranquilidade representadas pelo caminho percorrido por águas calmas, retratadas nas paisagens pitorescas ou pela contemplação de um abismo como nas paisagens sublimes, a beleza da natureza, que reside nas cores e nas formas.
O PÓS-IMPRESSIONISMO
Assim como Wordswort, Vincent Van Gogh, abriu nossos olhos, quando fez justiça à beleza das Oliveiras, dos trigais, do céu da Provença
O artista é capaz de criar em nós, a possibilidade de ver através de seus olhos. (16) É o artista que traz para o primeiro plano, elementos geralmente perdidos na multidão. Van Gogh acreditava que podia ajudar as outras pessoas a ver o que ele via através da sua arte. De traduzir as imagens que se apresentavam a ele, de expressar a sua forma de ver a paisagem. A paisagem expressionista é sentida. Ela nasce de dentro para fora.
“Ao contrario dos impressionistas que registravam as suas impressões naturais exteriores, os expressionistas quiseram pintar a paisagem vivida interiormente. O artista moderno não valorizava o método, estava mais preocupado em mostrar o mundo que via através da tinta, da cor, da forma.
Na polaridade entre modernos e acadêmicos, Vincent Van Gogh, hoje considerado um dos artistas mais importantes de todos os tempos, dedica os anos finais de sua vida, a expressar em suas obras, o que a arte com “a maiúsculo” não permitia.
(17) Vincent, “com muita freqência, tinha querido pintar o impossível, como por exempolo, o sol”. ( Bonger, 2008,pag. 18)
Luz do sol
Que a folha traga e traduz
Em verde novo
Em folha, em graça
Céu azul
Que venha até
Onde os pés
Tocam a terra
E a terra inspira
E exala seus azuis...
Reza, reza o rio
Córrego pro rio
Rio pro mar
Reza correnteza
Roça a beira
A doura areia...
Marcha um homem
Sobre o chão
Leva no coração
Uma ferida acesa
Dono do sim e do não
Diante da visão
Da infinita beleza...
Finda por ferir com a mão
Essa delicadeza
A coisa mais querida
A glória, da vida...
Luz do sol
Que a folha traga e traduz
Em ver de novo
Em folha, em graça
Vincent Van Gogh. Willows at sunset. Painting , Arles : Autumn, 1888, Kröller-Müller Museum Otterlo, The Netherlands , Europe .
Vincent Van Gogh. O Semeador. 1889 Fundação EG Bührle Zurich, Switzerland, Europe Zurique, Suíça, Europa
Vincet Van Gogh. Seara de Trigo com Ciprestes, 1989. The National Gallery, Londres.
Vincet Van Gogh. Enclosed Fiel d with rising sun Gogh. Saint-Rémy , France : December, 1889 Private collection
O SÉCULO XX
(19) “O paisagista do século 20 oscila entre a emoção e o método, entre a entrega e o distanciamento. [...] O paisagista precisa ser fiel a si mesmo e à paisagem. A rigor, o verdadeiro paisagista está buscando sempre a mesma paisagem, a que fundou todas as demais. Mas esta paisagem fundadora das demais está dentro dele. É sua alma. A paisagem, vivida intensamente, é uma espécie de vertigem do ser.”
REFERÊNCIAS
(2) WIN VAN DJIK E SEU LIVRO
DE DESENHOS DE PETRÓPOLIS: UM ESTUDO DE (A)CASO.
Disponível em: <http://www.cbha.art.br/pdfs/cbha_2010_almendra_ludmila_res.pdf>
Acesso em: 10 Novembro 2010.
(3) GOMBRICH, E.H. A
Historia da Arte . Rio de
Janeiro: LTC, 1999. (INTRODUÇÃO).
(4) PINTURA DA ROMA ANTIGA. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Pintura_da_Roma_Antiga>
Acesso em 10 Novembro 2010.
(5) CONCEPÇÃO DA NATUREZA NA IDADE MEDIA. Disponível em:
<http://www.aruanda.org/imagens/1o.%20cap%EDtulo.pdf>. Acesso em 10 novembro 2010.
(6) JANSON, H. W. História
Geral da Arte. São Paulo, Martins Fontes, 2001.3 volumes.
(7) MONTE. M. Universo ao Meu
redor.[S. 1]: EMI Brasil, 2006. 1 CD.
(8) HUMANISMO. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Humanismo>
Acesso em 10 Novembro 2010.
(9) O HUMANISMO. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Humanismo>
Acesso em 17 novembro 2010
(10) WOLFFIM, Heinrich. Conceitos
Fundamentais da História da Arte :
O problema da evolução dos estilos na arte mais recente . 4° ED. São Paulo:
Fontes, 2000.
(10) LEONARDO DA VINCCI, TREATISE ON PAINTING. Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Pintura_de_g%C3%AAnero> Acesso em: 11 novembro 2010.
(11) ARTE E NATUREZA. Disponível em: <http://www.artistasvisuais.com.br/reportagemnoticia.asp?id=143>
Acesso em 11 novembro 2010.
(12) DE BOTTON, Alain. Do
Sublime. In: De Botton, Alain. A
Arte de Viajar. Rio de Janeiro: Rocco, 2003.
(13) FARACO & MOURA, Língua
e Literatura. São Paulo:
Editora Ártica, 1997. 3 volumes.( INTRODUÇÃO)
(14) CAUQUELIN, Anne. A invenção da Paisagem. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
(15) DE BOTTON, Alain. Do Campo e da Cidade. In: Botton, Alain. A Arte de Viajar. Rio de Janeiro: Rocco, 2003.
(16) DE BOTTON, Alain. Da
Arte que Abre os Olhos. In: De
Botton, Alain. A Arte de Viajar.
Rio de Janeiro: Rocco, 2003.
(17) BONGER, Johanna. Biografia
de Vincent Van Gogh por sua cunhada Jô Bonger / Johanna Antonette Bonger; tradução
de William Lagos, Porto Alegre: L&PM, 2008.
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Acesso em 20 Novembro 2010.
O SÉCULO XX
(19) “O paisagista do século 20 oscila entre a emoção e o método, entre a entrega e o distanciamento. [...] O paisagista precisa ser fiel a si mesmo e à paisagem. A rigor, o verdadeiro paisagista está buscando sempre a mesma paisagem, a que fundou todas as demais. Mas esta paisagem fundadora das demais está dentro dele. É sua alma. A paisagem, vivida intensamente, é uma espécie de vertigem do ser.”
REFERÊNCIAS
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(10) WOLFFIM, Heinrich. Conceitos
Fundamentais da História da Arte :
O problema da evolução dos estilos na arte mais recente . 4° ED. São Paulo:
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