Era uma vez um menino que sonhava com sentimentos: Símbolos cores e formas na pintura de Joan Miró
Se visualizar as
pinturas de Marc Chagall é mergulhar em um sono profundo e dele emergir
consciente, visualizar as pinturas de Joan Miro é subir ao céu celestial, este
azul celestial que envolve e eleva seus personagens.
Transitando entre a
paisagem de símbolos e a paisagem ideal, a paisagem de símbolos tem por
característica o triunfo do símbolo sobre a sensação. A paisagem ideal o uso
consciente do misterioso e do desconhecido
O céu de Miró
ultrapassa as camadas esféricas para chegar às constelações, nome dado a uma
das suas pinturas mais famosas “Números e Constelações em Amor com uma Mulher”.
Miró quis pintar o
firmamento, chegar mais perto de Deus. Desenvolvendo à posteriore o trabalho
dos grandes mestres renascentistas, viu nascer em suas pinturas, o que mais
parecia ser um sonho de menino, seu compromisso de homem. Não deixou de viver
sua existência e a talvez buscar inspiração nas atividades cotidianas de homens
interessados pela vida e pela sensibilidade da natureza de Deus e do homem. Segundo Miró.
“Trabalhar muitíssimo
e viver a vida, fazer um passeio na montanha ou olhar uma bela mulher, ler um
livro, ouvir um concerto: que isso tudo alimente meu espírito para que sua voz
se torne mais forte. E, principalmente, queira Deus que não me falte Santa
Inquietude! graças a ela os homens avançaram.
É esta inquietude de criança, de querer saber
mais deste lugar em que vivemos, que faz se transformar as formas em cores, e
as cores em formas, Miró se destaca pela simplicidade de caráter, refletido em
suas pinturas, o caráter de menino. O ramântico Wordsworth disse “ A criança
é pai do homem”.
Miró pertencia a uma família rica, mas não
aceitava ser sustentado por seus pais. Em uma ocasião, diz a história, “chegou
entrar em estado alucinatório mas era de fome".
Segundo conta, “na época só tinha dinheiro para uma refeição por semana. Chegava em casa faminto e começava a olhar para as paredes. Desenhava até desmaiar”.
Segundo conta, “na época só tinha dinheiro para uma refeição por semana. Chegava em casa faminto e começava a olhar para as paredes. Desenhava até desmaiar”.
Observar as pinturas de Miró é também ser
observado. Os olhos estão por todos os lados, vigiando, admirando,
perscrutando. Sóis, luas, estrelas, espirais. O giro da bailarina, representado
pela leveza da lua a subir ao céu, e gira, e gira, e gira, suportada por um
coração.
Em Estrela Azul, um de seus personagens subiu
ao céu, e parece balançar de lá de cima em uma gangorra.
Os animais também são temas recorrentes nas
pinturas de Miró. Em meio a jardins, o Gato, o galo, a vaca, peixes e pássaros,
formigas. Entre mãos e braços, pernas, pés e abraços, no firmamento entre céus
e estrelas, luas e sóis, estão os amores de Miró.
A mim parece um amor puro, um amor de
criança, que se reflete em suas pinturas, seus desenhos, suas formas tão
inocentes e inconscientes. Em tratos geométricos pelas formas, e físicos pelos
temas, sempre céu, cometas, estrelas, planetas e os espirais...
Foi na série constelações que Miro apresentou
sua linguagem pictórica original.
Homem de vida longa, morreu aos 90 anos.
“Miro representava a liberdade. Em certo sentido, era absolutamente perfeito.
Não era capaz de pôr um ponto sem fazê-lo no lugar exato: era um pintor de
verdade, a tal ponto que bastava deixar cair três manchas de cor cobre a tela
para fazer um quadro”.
The
Gold of the Azure - 1967
Dancer - 1925
Woman and Bird at Sunrise - 1946
Painting - 1927
Mulher e Pássaro à Luz da Lua
Woman with Blond Armpit Combing Her
Hair by the Light of the Stars - 1940
Swallow Love
The Flight of the Dragonlfy in Front of the
Sun Woman and a Dog in Front of the Moon
Fontes consultadas:
http://www.hierophant.com.br/arcano/posts/view/Fool/1670
Referência de imagem:
http://www.wikiart.org/en/joan-miro
Referência de imagem:
http://www.wikiart.org/en/joan-miro
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