Era uma vez um
menino que sonhava com sentimentos: símbolos cores e formas nas paisagens de
Paul Klee.
O termo "símbolo", com origem no (grego),
designa um tipo de signo em que o significante (realidade concreta) representa
algo abstracto (religiões, nações, quantidades de tempo ou matéria, etc.) A representação específica para cada símbolo pode surgir como resultado de um
processo natural ou pode ser convencionada de modo a que o receptor (uma pessoa
ou grupo específico de pessoas) consiga fazer a interpretação do seu
significado implícito e atribuir-lhe determinada conotação.
Os símbolos são significantes e designam signos. Também são
representações concretas de coisas abstratas. Podem representar religiões,
nações, quantidade de tempo de matéria etc (sentimento). Ele intensifica a relação com o transcendente. Como pode ser o resultado de um processo natural, os
símbolos como forma de comunicação são como coisas que vem da emoção, do
natural do ser, de dentro. Em pintura ou em arte, pode-se encontrar uma
variedade de símbolos repetitivamente representados.
A cor:
Segundo Paul Klee “o branco é a luz em si” para ele
“A natureza abunda de impressões colorísticas. Os
vegetais, os animais, os minerais, a composição que chamamos paisagem; tudo
excita nosso pensamento e nosso reconhecimento. Mais por sobre todas estas
coisas existe um fenômeno puro de toda aplicação, elaboração e alteração, um
fenômeno em que sua pureza cromática lhe vale, neste sentido, o epíteto de
abstrato: o arco íris.”
Em uma observação da perfeição e magnitude das cores
ele acrescenta “É significativo que este
caso único de uma escala natural de cores puras não seja plenamente deste mundo
e apareça ao nível da atmosfera. Permanecendo no domínio intermediário entre a
terra e o universo, este fenômeno alcança certo grau de perfeição, mas não no
grau último, já que só parcialmente pertence ao “mais além”.
Vai além porquê neste caso o que se pode ver não se
pode tocar. E há também quem não possa ver. Newton, o cientista, só conseguia
ver as cinco cores do arco-iris.
A forma:
A força criadora da arte vem da
emoção. Ela quer representar a realidade concreta do ser. Representar esta
realidade em imagens talvez seja a tentativa de representar o indizível , o
inexprimível. Se observarmos que símbolos ou signos se repetem em criações
artísticas, então nela, na representação, está contida uma realidade que quer
se revelar. Klee disse que
“ A força
criadora escapa a toda denominação; segue sendo, em última instância, um
mistério indizível. Mas não um mistério inacessível, incapaz de nos comover até
as entranhas.
Nós mesmos estamos impregnados desta força até o último átomo da medula. Não
podemos dizer o que é, mas podemos nos aproximar de sua fonte em uma medida variável.
Necessitamos de algum modo revelá-la,manifestá-la em suas funções tal como se
patentiza em nós. Provavelmente também ela é matéria, uma forma de matéria não
perceptível pelos mesmos sentidos que percebem os outros tipos de matéria. Mas
é necessário que se permita seu reconhecimento na matéria conhecida.
Incorporada a ela, deve funcionar. Unida à matéria, deve tomar corpo,
converter-se em forma, em realidade".
Mas
há em símbolos e signos, representações que não são matéria, que não se expicam, tampouco se entende, mas existem e
se repetem. Há neles um “senso comum”, senso de sentimento.
Klee
também disse que a forma se compraz na obra. É no movimento que ela se
completa, em transito entre o fim e o começo. “A obra é em primeiro lugar,
gênese, e sua história pode representar-se brevemente como
uma fagulha que brota misteriosamente não sabemos de onde, que inflama o
espírito, aciona
a mão e, ao transmitir-se como movimento a matéria, converte-se em obra.”
A
forma abstrata e a forma concreta: Suas pinturas retratam formalmente um
passado e um presente, há nelas primitivismo, há nelas um passado distante e ao
mesmo tempo sentimentalmente presente, dentro. O tempo é o mesmo, a
representação é que se transfigura. São a exteriorização imagética daquele mesmo sentimento, do
espanto, do assombro do ser, que não se transformou no tempo e no espaço, o
setimento do espírito.
“O
produtivo, o essencial, é o caminho. O devir se mantém sobre o ser. A
criação
( Paul Klee) vive, em sua condição de gênese, sob o revestimento da obra. Isto é o que vêem todas as naturezas espirituais retrospectivamente".
Por encima de las estrellas
buscaré a mi Dios.
Cuando peleaba por el amor terreno
no lo buscaba.
Ahora que tengo ese amor,
he de encontrar a Dios,
que me otorgó favores
cuando estaba apartado de él.
Cómo podré conocerlo?
Sin duda ha de sonreírse de este loco,
de ahí el frescor
de las brisas en la noche de estío.
Para agradecerlo, !muda bienaventuranza
y una mirada hacia aquellas cumbres!
Paul Klee
( Paul Klee) vive, em sua condição de gênese, sob o revestimento da obra. Isto é o que vêem todas as naturezas espirituais retrospectivamente".
Por encima de las estrellas
buscaré a mi Dios.
Cuando peleaba por el amor terreno
no lo buscaba.
Ahora que tengo ese amor,
he de encontrar a Dios,
que me otorgó favores
cuando estaba apartado de él.
Cómo podré conocerlo?
Sin duda ha de sonreírse de este loco,
de ahí el frescor
de las brisas en la noche de estío.
Para agradecerlo, !muda bienaventuranza
y una mirada hacia aquellas cumbres!
Paul Klee
Insula Dulcamara
Cat and Bird
The Gold Fish
Around Fish
Places Signs
Strong Deam
Máquina Chilreante
Bird Wandering Of
Adam and Little Eve
Heroic Roses
O Fantasma
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Full Moon
Mess of Fish
Ad Parnassum
Rising Sun
Fish Image
Fish Magic
Souther Tunisian Garden
Angelus Novus
FONTE:
KLEE, Paul. Theorie de l'art Moderne. Genéve:
Gonthier, 1971.
Capitulo
4 de
KLEE,
Paul. Theorie de l'art Moderne. Genéve: Gonthier, 1971.
Tradução
M. Duprat
Referência de imagem:
http://www.wikiart.org/en/paul-klee/
http://www.paulklee.net/paul-klee-paintings.jsp#prettyPhoto
Referência de imagem:
http://www.wikiart.org/en/paul-klee/
http://www.paulklee.net/paul-klee-paintings.jsp#prettyPhoto
Vai além porquê neste caso o que se pode ver não se pode tocar.
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